domingo, 27 de setembro de 2009

Meu respeito às "Donas de casa que tem um blog"

Hoje eu estava passeando pelas comunidades de comida que eu gosto no orkut, e me deparei com um comentário que me chateou um pouco. Não porquê eu me considere uma dona de casa com um blog, de jeito nenhum. Ser dona de casa exige um talento que eu não tenho. Exige paciência, dedicação, uma certa dose de docilidade e amabilidade que eu, hehehe, quem me conhece bem sabe, não tenho. Eu sou uma dona de casa bem fajuta, que decide ter muito o que estudar pra atrasar um pouco o momento de varrer o quintal, por exemplo. Mas o comentário me chateou porque eu respeito, e muito, as donas de casa, tenham ou não blog.

Bom, quem me lê por aqui sabe que eu sou fã de comida caseira. Eu já pude experimentar várias sensações gastronômicas, porque gosto de viajar e experimentar comidas locais, porque valorizo a culinária dos lugares que visito, porque tive condições financeiras para conhecer o restaurante de alguns dos chefs mais badalados aqui do Brasil (e alguns fora também, embora bem poucos). E, apesar de eu sempre sair por ai experimentando aquilo que é regional, que está na moda, que é para poucos, etc e tal, quando eu penso em sabores complexos e agradáveis, quando eu penso no que cozinhar para as pessoas próximas num domingo tranquilo, não tem jeito: o que me vem à cabeça é a comidinha caipira da minha avó, que desconhecia a possibilidade de se comprar creme de leite fresco ou nata no mercado, e pacientemente, guardava, todos os dias, a nata do leite que ela fervia de manhã para fazer para mim e para meu primo Vinicius o pudinzinho de nata, ou pannacotta, que eu tanto gosto e respeito (embora meus amigos achem que falta açúcar, rsrs). Me vem também à cabeça a comida da minha Tia Lena, que eu sempre cito aqui, que vê as receitas com olhos de lince, e que do alto da sua experiência, sabe que uma receita pode ou não dar certo pela proporção de farinha, ovos, gordura, mas que nunca na vida pisou numa escola de culinária, tampouco é chef de alguma cozinha além da dela própria. Podem vocês todos, chefs (duvido muito que tenha algum por aqui lendo isso, rsrs), tentar fazer um Pâte à Choux redondinho o suficiente que produza éclairs levíssimas, douradas, parecendo que uma nuvem explodiu dentro delas e criou o espaço perfeito para o recheio de creme não muito melado de açúcar, como eu gosto, e para a cobertura de chocolate docinho docinho, que minha Tia Lena é capaz de fazer. Verdade. Eu já perambulei por boa parte do Brasil atrás de alguém que faça como ela, ou melhor que ela, e não tem jeito: todo mundo que prova as Bombas da Tia fica com a sensação de pulga atrás da orelha de "como isso pode ser tão crocante e macio ao mesmo tempo? Tão doce e nada enjoativo?". E tem mais: minha Tia faz massa de Bombas ou Bombas, porquê se eu chegar pra ela pedindo a receita de Pâte à Choux, pra fazer éclairs ou profiterolis, ela não vai saber o que me dar. Mesmo. De verdade. Minha Tia Lena e minha avózinha, nenhuma das duas teria um blog, por não saber usar um PC. Se eles tivessem um blog, provavelmente não teriam fotos, ou se tivessem, seriam fotos que não enquadrariam adequadamente o prato, ou que não teriam luz suficiente (algo parecido com as minhas...rsrs), porque elas não aprenderam a fotografar como muitos por ai. Nem por isso elas não são as melhores cozinheiras que eu conheci.

E comida da mãe então? Ai é covardia com os melhores chefs do mundo! Tem alguém que não goste da comida da própria mãe? E será que a senhora mãezinha de todos os que criticam os blogs simples de comida caseira sabem fotografar pratos com perfeito ajuste de luz, com o delineamento certo de qual porção do prato está em destaque, qual fica ao fundo? Pode até ser que uma ou duas saibam, pode ser. Mas uma coisa é certa: essa é a comida preferida de todas as pessoas que eu conheço, a comida da mãe. A minha não sabe fotografar, vê os email e as notícias na internet, mas quem tem que descarregar as fotos da câmera dela para o computador sou eu, porque ela não sabe. E nem por isso ela deixava de me preparar pratos ogramente servidos do melhor gnocchi que existe antes de eu ir fazer as provas do vestibular, para eu ter energia. Nem de fazer a melhor feijoada, cremosa, cheia de pedaços de carne, nada gordurenta, pelo capricho em cozinhar tudo antes de incorporar ao feijão, e tirar toda a gordura. Nem deixou de queimar a batedeira quando eu era criança, batendo e batendo várias vezes por dia as receitas de sorvete que ela fazia pra eu não precisar comer sorvetes industrializados cheios de gordura trans e conservantes (e ficava sem nem um cristalzinho de gelo, tanto que eu cresci o ser mais crítico de sorvetes do mundo!). E se minha mãe tivesse um blog... ele ia ser muito parecido com o meu: sem técnica, sem boas fotos, com os textos mais simples do mundo e que associam comida boa a boa companhia e boas passagens na vida. Quantas pessoas associam o melhor dia das suas vidas a um dia em que jantaram num restaurante espetacular recém inaugurado em SP por um chef super ultra mega descolado e inovador? E quantas acham que foi o dia que ganharam um cavalinho de cabo de vassoura (sabem o que é isso? rsrs) do Vô e da Vó?
Viva a todos os blogs de pessoas que querem compartilhar de boa vontade o que fazem de melhor nas suas cozinhas!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Bolo de Fubá pra tomar com café e manteiga, e saudade da amiga que mora longe...

Não tem época mais interessante do que o tempo da faculdade. Apesar de eu parecer uma velhinha relembrando os tempos de mocidade, eu me formei no final do ano passado, em Medicina Veterinária, aqui no interiorrrr, na cidade de Botucatu. A universidade onde estudei atrai estudantes do Brasil inteiro, que buscam aqui o ensino de qualidade e a estrutura que o Estado de São Paulo nos disponibiliza. Quando a gente está no terceiro ano do Ensino Médio ou no cursinho, a gente imagina um mundo de sonhos dentro da universidade - conhecer pessoas novas, ter aulas magníficas, desfrutar de toda a tecnologia que existe na tão sonhada e escolhida a dedo instituição de ensino. Mas agora que a gente se formou, cada um voltou pra sua cidade ou foi pra uma cidade mais longe ainda em busca de trabalho, o que a gente lembra mesmo são as festas, as aulas que a gente dormiu porquê tinha ido pra balada no dia anterior, as vezes que nos juntávamos para virar a noite estudando (com esperança de colocarmos o máximo de decorebas na cabeça pra tirar uma notinha melhor), os famigerados CDs da parasito (que você só conseguia responder a questão seguinte se acertasse a anterior), as asas caídas-bicos abertos-penas arrepiadas da Ornitopatologia, as maravilhosas aulas de Rodízio do Simone, onde íamos vacinar uns lotes de ovelhas e ganhávamos um lindo churrasco de recompensa (parece que só o Simone entendia o quanto a gente precisava de um tempo juntos e esquecidos do Hospital Veterinário), o X-coelho servido na campanha de vacinação (pão-alface-cenoura-sachê de maionese e catchup vencidos), onde trabalhávamos desde as 6:30 até sabe-Deus-que-horas-terminaríamos-a-contabilidade-dos-animais-vacinados. Era na campanha de vacinação também que ganhávamos saquinhos de supermercado cheios de jabuticabas, potes cheios de amoras, garrafas de refrigerantes, as bênçãos de uma velhinha que nos agradecia enormemente a vacina de raiva que demos no seu gatinho. Além da campanha tinha o dia que a gente colhia sangue na disciplina de Zoonoses, pra ver se a gente tinha Título de Anticorpos para raiva (necessário para que participássemos da campanha), e nesse dia uma colega de sala desmaiou quando viu o próprio sangue. As pizzadas na República Capim-Canela, onde fizemos a Pizza XLI, em homenagem a nossa turma. As festas que organizávamos pra juntar um dinheirinho para a formatura, e que meeeedo tínhamos de ter prejuízo. Os churrascos de turma no final do ano, os churrascos do rodízio, os churrascos na casa dos amigos.


Churrasco do Professor Simone, nosso Patrono








Churrasco da Turma, segundo ano, Borbs - Milagre - Inglúvio - Guela - Eu - Ama






Meu aniversário no Zerão, Ricotinha - Eu - Inglúvio







Copavet no terceiro ano, Patchou - Rolão - Fernanda - Eu - Emília







Ano Novo na praia, Milagre - Haroldo - Ricotinha - Eu, e a Vodka dentro de nós



Gente, quanta coisa boa que a gente lembra! Mas o que mais dá saudade, aquela que quase dói fisicamente no meu coraçãozinho, é a companhia de meia dúzia de amigos da turma que eram mais chegados. Saudade da Ricotinha que está tomando novos rumos e galgando sonhos lá em Campinas, e que vejo pouquinho! Saudades da Milagre, que virou Workaholic, e nem manda notícias para os amigos mais, mas que eu sei que está com saudade da gente lááá em Jacareí. Saudades do Rolão, agora um homem sério e casado (que acertou na loteria no dia que encontrou a TD), e agora, como é sério e responsável, trabalha lá em Santos. E a Guela, também uma senhora casada e moradora da cidade de Curitiba, que resolveu botar coragem no peito junto com o marido e abriram uma clínica por lá (toda a sorte do mundo para eles). A saudade maior do mundo tem nome, Fernanda, porquê se eu coloco o apelido dela aqui eu perco a amiga! rsrs. Ela foi uma das integrantes da nossa república, a Eu Acho é Pouco, onde morávamos também eu, o Haroldo e eventualmente a Inglúvio (que continua em Botucatu comigo), a Milagre, a Ricotinha, e quem mais passasse por aqui e precisasse de um cantinho. Quando a Fernanda morava aqui, lavar a louça era uma briga, a empregada nos roubava até filtro solar, a gente chorava o tempo todo (A Fernanda porque chorava mesmo, e eu as vezes surtava com a pressão toda de decide estágio-tira nota nas provas-estuda neuro-briga com o Haroldo), e eu tentava agradar o paladar ultra-mega-seletivo para porcarias não comestíveis da Fer. Os seus pratos preferidos eram Batatas Fritas, Omelete de Batatas Fritas, Batata Suíssa (quase frita), Batatas McCain (carinhas sem gosto de purê de batata) fritas... E aí as vezes ela queria alguma coisa realmente comestível: uma delas, e a que me encheu de saudade e me fez largar tudo o que eu estou estudando agora, foi Bolo de Fubá, numa tarde friiiiia de Botucatu, que tínhamos uma aula que merecia ser matada, e que foi matada em prol da execução dessa iguaria que minha amiga queria comer com manteiga.



Fernanda abraçada no seu bolo de fubá


A receita me agrada muito, pois não leva queijo ralado, e não fica pesado. Na verdade, é um bolinho muito muito simples, que fica até meio farelento, mas que tem um saborzinho divino. Quem me deu a receita foi minha Tia Lena, a boleira de primeira. Mas o que me agrada mesmo é sempre lembrar dos amigos com esse carinho todo, e saber que a Fernanda está lá em Lavras agora, morando na fazenda e empenhando todo o seu talento na reprodução de equinos, e que ela vai lembrar desse dia especial de aula matada com bolo de fubá, e quem sabe, trocar algumas batatas fritas por essa receitinha fácil fácil de fazer no liquidificador!


Foto de celular dos integrantes da nossa república, a Eu Acho É Pouco, Fernanda, Eu, Haroldo




Amo você, Sugris! (ihhh, contei o apelido... mas falar amo-você-Fernanda não é tão sonoro quanto Sugris... rsrs).
E amo vocês todos, amigos citados ou não nesse post. Me visitem em Botucatu! E que venha o churrasco de um ano de formados!
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BOLO DE FUBÁ COM CÔCO DA TIA LENA
Rende um bolo em forma de buraco no meio


Ingredientes:

  • 2 xícaras de chá de açúcar
  • 5 colheres de sopa de manteiga
  • 3 ovos
  • 1 xícara e meia de farinha de trigo
  • 2 xícaras de fubá
  • 2 xícaras de leite
  • 1 colher de sopa de fermento químico em pó
  • 1 xícara de côco ralado (pode usar o de saquinho, eu mesma usei)
  • Erva doce a gosto

  1. Bater no liquidificador os ovos, o açúcar, o fubá, a manteiga e metade do leite. Depois, colocar a farinha e o côco ralado, e bater mais um pouco para misturar. Por fim, dissolva o fermento no resto do leite frio, incorpore à massa, e coloque erva doce em grão à gosto.
  2. Coloque a massa na forma de furo no meio untada com óleo e polvilhada com farinha, asse por 35 minutos em forno à 250ºC (pré aquecido por 10 minutos).

Essa receita é muito, muito fácil, ? Ninguém tem desculpa pra não agradar alguém que a gente ama com um bolinho desses...




sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Risotto perfeito, modéstia um tico Scotta!


Essa semana eu andei com uma mão pesada na cozinha, nada do que eu fazia dava certo. A maldição da cozinha tava tão brava, que o copo do meu liquidificador desmontou 2 vezes com a receita de bolo de cenoura (??? não é a coisa mais simples do mundo???) que eu estava fazendo ontem. Ai, ainda ontem, eu até queimei o arroz! A situação estava me deixando preocupada, quando eu me dei conta que havia um restinho de camarões que sobraram de uma execução bem mal-feitinha de outro prato aqui em casa. Então eu tinha uma esperança! Fazer um risotto de camarão que tivesse um fundo muito bem sedimentado, ou seja, que fosse saboroso e encantador mesmo sem os camarões: um risotto bianco adicionado de alguns camarões. Acho que eu falei, falei e falei mas não fui clara! Acontece as vezes de eu ser meio confusa, rsrs. Mas é isso: bem simples, um risotto perfumado e adicionado de camarão! E não é que deu certo?

Deu tão certo que eu escutei do curitibano fresco daqui de casa que tinha sido um dos melhores pratos que eu tinha preparado. Que orgulho: agradá-lo não é fácil não!

Vamos ao prato, pra quem quiser surpreender alguém querido com uma comidinha fácil, rápida, e sem educação de tão gostosa! (a foto tá ruim, eu sei...bem, to bem longe de ser fotógrafa! uahauhaauha)



RISOTTO DE CAMARÃO
Minha interpretação
Rende 2 porções imensas ou 3 porções normais



Ingredientes:

  • 1,5 xícara de arroz arbóreo de boa qualidade (não, não serve o comum...rsrs)
  • 300g de camarões cinza médios descascados e sem cabeça
  • 1 cebola média picada (beeem fininha)
  • 1 dente de alho picado (beeem pequenininho)
  • 1 colher de sopa de azeite de oliva
  • 1 taça de vinho branco de boa qualidade (usei um Chardonnay argentino)
  • 1 ramo pequeno de salsa picado finamente
  • 3 folhas de cebolinha picadas finamente
  • 1 colher de sopa de manteiga sem sal
  • 150g de parmesão de boa qualidade ralado na hora (não, não serve de saquinho...rsrs)
  • 1 pitada generosa de pimenta do reino moida
  • 1 pitada generosa de noz moscada ralada na hora
  • sal a gosto (prove o risotto no final, e acerte o sal)
  • Caldo de camarão em quantidade suficiente para cozinhar o arroz (+ ou - 1,5L)
Para o caldo:

  • 1,7L de água
  • Cascas e cabeças dos camarões que você vai usar no risotto
  • 1 ramo de alecrim
  • 1 ramo de salsa
  • 2 folhas de cebolinha
  • 4 grãos de pimenta branca
  • 1 cebola grande picada grosseiramente
  • 1 dente de alho inteiro
  • 1 pitada de sal



  1. Comece preparando o caldo: Coloque todos os ingredientes na água, e cozinhe por uns 15 minutos, mexendo de vez em quando e retirando toda a espuma que se acumular na superficie. Coe o caldo, despreze todos os resíduos sólidos, e mantenha o caldo aquecido, em fogo baixo, para ser adicionado aos poucos ao risotto.
  2. Em uma panela baixa e larga, refogue levemente os camarões em azeite, até que eles fiquem vermelhinhos. Retire-os e reserve-os. Nessa mesma panela, no mesmo azeite (acrescente mais se necessário), refogue a cebola e o alho picados finamente. Quando ficarem macios, acrescente o arroz arbóreo e refogue por alguns minutos. Essa etapa é importante para começar a suavizar o amido da superfície do grão. Adicione a taça de vinho branco e mexa vigorosamente até evaporar. Quando já estiver mais sequinho (não muito), comece a adicionar o caldo da seguinte forma: coloque uma concha do caldo coado, mexa o risotto (não pare de mexer), e quando metade do caldo já tiver evaporado, acrescente mais uma. Faça isso até a superfície do grão ficar macia, e o caldo começar a ficar cremoso.
  3. O meu risotto cozinhou em 19 minutos depois que eu coloquei o vinho branco. O tempo pode variar um ou dois minutos para mais ou para menos, mas não muito mais que isso. Quando faltarem uns 5 minutos para terminar o processo, coloque os camarões levemente refogados, mexa, e continue adicionando caldo. Quando o grão estiver al dente e o caldo cremoso, é porquê seu risotto está quase pronto: falta adicionar mais uma concha de caldo (que será absorvida no tempo que o risotto vai esperar com o fogo apagado, 3 ou 4 minutos), a pimenta preta moída, uma colherada de manteiga e o queijo ralado. Tampe a panela e deixe descansar.
  4. Abra a panela, mexa o risotto delicadamente, e prove o sal. Faça as correções necessárias, adicione a salsa e a cebolinha picadinhas, mexa novamente e sirva IMEDIATAMENTE. Mais alguns minutos e o risotto vira uma pasta impossível de comer. Se suas visitas não chegaram, não comece a preparar o risotto. Isso é um erro muito comum de quem quer receber visitas com a comida já pronta. Lembre-se: a visita é quem espera pela massa e pelo risotto, nunca o contrário. Eu servi aqui em casa com salada de folhas e tomate e taças do mesmo vinho que eu usei no preparo. Vale a pena. Garanto.



PS: pode sobrar caldo, viu? Se você julgar o seu risotto pronto com menos caldo, tudo bem. Se precisar de mais, pode adicionar um pouco de água aquecida pra não ter que preparar tudo de novo. Caldo em cubinho? Eu não uso, porquê não gosto do sabor. Margarina no lugar da manteiga? Aqui em casa eu nem compro margarina! E considero que ela não faz por uma receita o que faz uma boa manteiga de qualidade...