sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Bolo de Fubá pra tomar com café e manteiga, e saudade da amiga que mora longe...

Não tem época mais interessante do que o tempo da faculdade. Apesar de eu parecer uma velhinha relembrando os tempos de mocidade, eu me formei no final do ano passado, em Medicina Veterinária, aqui no interiorrrr, na cidade de Botucatu. A universidade onde estudei atrai estudantes do Brasil inteiro, que buscam aqui o ensino de qualidade e a estrutura que o Estado de São Paulo nos disponibiliza. Quando a gente está no terceiro ano do Ensino Médio ou no cursinho, a gente imagina um mundo de sonhos dentro da universidade - conhecer pessoas novas, ter aulas magníficas, desfrutar de toda a tecnologia que existe na tão sonhada e escolhida a dedo instituição de ensino. Mas agora que a gente se formou, cada um voltou pra sua cidade ou foi pra uma cidade mais longe ainda em busca de trabalho, o que a gente lembra mesmo são as festas, as aulas que a gente dormiu porquê tinha ido pra balada no dia anterior, as vezes que nos juntávamos para virar a noite estudando (com esperança de colocarmos o máximo de decorebas na cabeça pra tirar uma notinha melhor), os famigerados CDs da parasito (que você só conseguia responder a questão seguinte se acertasse a anterior), as asas caídas-bicos abertos-penas arrepiadas da Ornitopatologia, as maravilhosas aulas de Rodízio do Simone, onde íamos vacinar uns lotes de ovelhas e ganhávamos um lindo churrasco de recompensa (parece que só o Simone entendia o quanto a gente precisava de um tempo juntos e esquecidos do Hospital Veterinário), o X-coelho servido na campanha de vacinação (pão-alface-cenoura-sachê de maionese e catchup vencidos), onde trabalhávamos desde as 6:30 até sabe-Deus-que-horas-terminaríamos-a-contabilidade-dos-animais-vacinados. Era na campanha de vacinação também que ganhávamos saquinhos de supermercado cheios de jabuticabas, potes cheios de amoras, garrafas de refrigerantes, as bênçãos de uma velhinha que nos agradecia enormemente a vacina de raiva que demos no seu gatinho. Além da campanha tinha o dia que a gente colhia sangue na disciplina de Zoonoses, pra ver se a gente tinha Título de Anticorpos para raiva (necessário para que participássemos da campanha), e nesse dia uma colega de sala desmaiou quando viu o próprio sangue. As pizzadas na República Capim-Canela, onde fizemos a Pizza XLI, em homenagem a nossa turma. As festas que organizávamos pra juntar um dinheirinho para a formatura, e que meeeedo tínhamos de ter prejuízo. Os churrascos de turma no final do ano, os churrascos do rodízio, os churrascos na casa dos amigos.


Churrasco do Professor Simone, nosso Patrono








Churrasco da Turma, segundo ano, Borbs - Milagre - Inglúvio - Guela - Eu - Ama






Meu aniversário no Zerão, Ricotinha - Eu - Inglúvio







Copavet no terceiro ano, Patchou - Rolão - Fernanda - Eu - Emília







Ano Novo na praia, Milagre - Haroldo - Ricotinha - Eu, e a Vodka dentro de nós



Gente, quanta coisa boa que a gente lembra! Mas o que mais dá saudade, aquela que quase dói fisicamente no meu coraçãozinho, é a companhia de meia dúzia de amigos da turma que eram mais chegados. Saudade da Ricotinha que está tomando novos rumos e galgando sonhos lá em Campinas, e que vejo pouquinho! Saudades da Milagre, que virou Workaholic, e nem manda notícias para os amigos mais, mas que eu sei que está com saudade da gente lááá em Jacareí. Saudades do Rolão, agora um homem sério e casado (que acertou na loteria no dia que encontrou a TD), e agora, como é sério e responsável, trabalha lá em Santos. E a Guela, também uma senhora casada e moradora da cidade de Curitiba, que resolveu botar coragem no peito junto com o marido e abriram uma clínica por lá (toda a sorte do mundo para eles). A saudade maior do mundo tem nome, Fernanda, porquê se eu coloco o apelido dela aqui eu perco a amiga! rsrs. Ela foi uma das integrantes da nossa república, a Eu Acho é Pouco, onde morávamos também eu, o Haroldo e eventualmente a Inglúvio (que continua em Botucatu comigo), a Milagre, a Ricotinha, e quem mais passasse por aqui e precisasse de um cantinho. Quando a Fernanda morava aqui, lavar a louça era uma briga, a empregada nos roubava até filtro solar, a gente chorava o tempo todo (A Fernanda porque chorava mesmo, e eu as vezes surtava com a pressão toda de decide estágio-tira nota nas provas-estuda neuro-briga com o Haroldo), e eu tentava agradar o paladar ultra-mega-seletivo para porcarias não comestíveis da Fer. Os seus pratos preferidos eram Batatas Fritas, Omelete de Batatas Fritas, Batata Suíssa (quase frita), Batatas McCain (carinhas sem gosto de purê de batata) fritas... E aí as vezes ela queria alguma coisa realmente comestível: uma delas, e a que me encheu de saudade e me fez largar tudo o que eu estou estudando agora, foi Bolo de Fubá, numa tarde friiiiia de Botucatu, que tínhamos uma aula que merecia ser matada, e que foi matada em prol da execução dessa iguaria que minha amiga queria comer com manteiga.



Fernanda abraçada no seu bolo de fubá


A receita me agrada muito, pois não leva queijo ralado, e não fica pesado. Na verdade, é um bolinho muito muito simples, que fica até meio farelento, mas que tem um saborzinho divino. Quem me deu a receita foi minha Tia Lena, a boleira de primeira. Mas o que me agrada mesmo é sempre lembrar dos amigos com esse carinho todo, e saber que a Fernanda está lá em Lavras agora, morando na fazenda e empenhando todo o seu talento na reprodução de equinos, e que ela vai lembrar desse dia especial de aula matada com bolo de fubá, e quem sabe, trocar algumas batatas fritas por essa receitinha fácil fácil de fazer no liquidificador!


Foto de celular dos integrantes da nossa república, a Eu Acho É Pouco, Fernanda, Eu, Haroldo




Amo você, Sugris! (ihhh, contei o apelido... mas falar amo-você-Fernanda não é tão sonoro quanto Sugris... rsrs).
E amo vocês todos, amigos citados ou não nesse post. Me visitem em Botucatu! E que venha o churrasco de um ano de formados!
.
.

BOLO DE FUBÁ COM CÔCO DA TIA LENA
Rende um bolo em forma de buraco no meio


Ingredientes:

  • 2 xícaras de chá de açúcar
  • 5 colheres de sopa de manteiga
  • 3 ovos
  • 1 xícara e meia de farinha de trigo
  • 2 xícaras de fubá
  • 2 xícaras de leite
  • 1 colher de sopa de fermento químico em pó
  • 1 xícara de côco ralado (pode usar o de saquinho, eu mesma usei)
  • Erva doce a gosto

  1. Bater no liquidificador os ovos, o açúcar, o fubá, a manteiga e metade do leite. Depois, colocar a farinha e o côco ralado, e bater mais um pouco para misturar. Por fim, dissolva o fermento no resto do leite frio, incorpore à massa, e coloque erva doce em grão à gosto.
  2. Coloque a massa na forma de furo no meio untada com óleo e polvilhada com farinha, asse por 35 minutos em forno à 250ºC (pré aquecido por 10 minutos).

Essa receita é muito, muito fácil, ? Ninguém tem desculpa pra não agradar alguém que a gente ama com um bolinho desses...




2 comentários:

  1. oi minha flor....que saudadesssss.....
    que post mais lindo e gostoso de se ler....nada como nossas recordações né...e ainda mais de um tempo tão gratificante das nossas vidas....nossas memórias são nossas...ninguem nos tira....muito bom mesmo recordar....e vc ainda conta de um jeitinho que até parece que eu tb vivi na República "Eu Acho É Pouco"...
    Logo logo tenho certeza que voces se reunirão novamente para colocwr o papo em dia, fortalecer a amizade e dar boas risadas....
    Vc viu meu meninão "bravo" que cioisa mais meiga....rsrs
    escrevi demais...falta muita coisa ainda para te perguntar...fica para o proximo capítulo
    um suuuuuper beijo minha flor

    ResponderExcluir
  2. Oi Milenaa! Humm.. bolo de fubá é simples mas é tuudo de bom!! ^^
    Nunca fez cupcakes?? Experimente! É viciantee.. essa semana to querendo fazer um de limãoo.. =))
    Beijoss

    ResponderExcluir

Dúvidas? Estou aqui para tentar resolvê-las! E o que é mais provável que ocorra: me dêem dicas para melhorar! Amo aprender e terei o maior prazer em testar o seu jeitinho de fazer aquela receita...